domingo, 17 de setembro de 2006

A POLÊMICA SOBRE A DECLARAÇÃO DO PAPA

Semana passada uma declaração, mal interpretada, do Santo Padre, Bento XVI, sobre o profeta Maomé gerou grande turbulência nas já delicadas relações entre o Ocidente e o Islã. A exemplo do ocorrido no episódio das charges (de extremo mau gosto, diga-se de passagem) sobre o profeta Maomé, ocorreu uma grande grita em todo mundo islâmico. Manifestações de repúdio e revolta contra o Sumo-pontífice de todas as espécies foram vistas em praticamente todos os países islâmicos muito e em alguns deles seus respectivos governantes também se manifestaram contra Roma. Sua Santidade declarou que suas palavras foram mal interpretadas e que não tinham como objetivo ofender à fé islâmica muito pelo contrário.

É interessante notarmos com que facilidade os islâmicos, assim como os judeus que eles tanto odeiam, se ofendem com qualquer coisa. Claro que não só podem, mas devem defender sua religião e os ideais dela. Se e quando estes forem atacados. Mas estão fazendo uma tempestade num copo d’água. Retiraram a frase dita pelo papa do contexto e a transformaram numa bomba. E a imprensa mundial fez e faz questão de tornar a Sua Santidade o vilão da estória.

Muitos disseram que logo a Igreja Católica que teve a Inquisição e “catequização” dos ameríndios pode falar do uso da violência na conversão. Esquecem que tanto a Inquisição como a catequização do ameríndios foram utilizados tão somente pelas Coroas Ibéricas afim de implantar seus interesses temporais. Tanto é verdade que a Companhia de Jesus foi expulsa do Brasil e seus remanescentes foram massacrados por forças luso-espanholas. Esquecem que muitos papas protestaram veementemente contra a Inquisição em Espanha e Portugal visto que sempre foi utilizada a serviço do Estado e não da Igreja.
Esquecem que Igreja, mesmo assim, pediu perdão por todas as atrocidades cometidas em seu nome, nas Cruzadas, pela Inquisição e pela catequização forçada dos índios. Por acaso Portugal e Espanha fizeram isso ou coisa parecida? Por acaso algum imã ou xeque fez algo semelhante pelas barbáries que fiéis da religião islâmica cometem ou cometeram em nome de Alá?

Se o problema é estar ofendido. A Igreja Católica deveria ser a primeira a reclamar. Afinal sempre que a Igreja se pronuncia contra (e sempre o faz de forma discreta) a qualquer “atiram todas as pedras” possíveis e imagináveis. A Santa Igreja é ofendida sem piedade. É tachada de tudo que é ruim e quase ninguém a defende e os que o fazem são tão execradas quanto ela. Um exemplo são dois livros do estúpido Dan Brown. Este imbecil ataca não só a Igreja mas como o próprio Cristo. E todos o aplaudem como se estivesse certo.

Mas uma vez a Igreja na pessoa do papa, Vigário de Cristo, representante do Filho de Deus na Terra foi vítima de calúnias e deturpações feitas por um a imprensa pretensamente imaparcial mas que é hipócrita e anticristã, anti-católica principalmente.



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