Primeira senadora eleita pelo estado de Alagoas, Heloísa Helena é candidata à presidência do Brasil apoiada por uma militância idealista e jovem, por intelectuais honestos e por cidadãos conscientes. Enfermeira e professora licenciada (sem remuneração) do Centro de Saúde da Universidade Federal de Alagoas, Heloísa Helena Lima de Moraes Carvalho, divorciada e mãe de dois filhos, nasceu no dia 6 de junho, há exatos 44 anos, em pleno sertão alagoano: no pequeno município de Pão de Açúcar, de 28 mil habitantes, às margens do Rio São Francisco.
Heloísa Helena militou nos movimentos estudantil, de docentes e sindical. Terminou eleita vice-prefeita de Maceió, aos 30 anos, pela coligação PSB/PT, numa irreversível vitória no confronto com as oligarquias alagoanas. Mais uma vez, o sertão nordestino mostrava a disposição valente de luta por direitos negados.
Em 1994, com expressiva votação, Heloísa Helena conquistou uma cadeira na Assembléia Legislativa do Estado de Alagoas. Saúde, educação e reforma agrária foram temas centrais de seu mandato, período em que manteve interlocução permanente com os movimentos sociais. No combate à violência, à impunidade e à violação dos direitos humanos participou da CPI do Crime Organizado em Alagoas, denunciando e enfrentando as organizações criminosas instaladas no aparato de segurança pública.
Em 1998, Heloísa Helena foi eleita a primeira senadora por Alagoas, com 55,92% dos votos. Em 1999, já no primeiro ano de seu mandato, destacou-se pela veemência no combate ao desmantelamento das políticas sociais, do Estado e da economia nacional, marcas do governo Fernando Henrique Cardoso, que produziu o maior contingente de excluídos já visto no Brasil. Em 2000 foi eleita líder partidária e do bloco de oposição no Senado.
Reconstruir o Brasil - Por defender os compromissos que havia assumido em campanha foi expulsa do PT, partido ao qual dedicou os melhores anos de sua vida. Mas soube reagir. Em 2004, fundou o P-SOL, Partido Socialismo e Liberdade, estando à frente da liderança do mesmo no Senado Federal. Em 2005, foi escolhida para integrar, como titular, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito sobre a corrupção nos Correios e em novembro, em eleição livre promovida pela revista Forbes Brasil, foi eleita a mulher mais influente na política e no legislativo Brasileiro. Em dezembro, os profissionais de comunicação, agência de publicidade e leitores da Revista Isto É Gente elegeram Heloísa Helena Personalidade do Ano.
Percorreu o Brasil ajudando a recolher nas ruas 500 mil assinaturas de cidadãos e cidadãs, necessárias para legalizar o Partido Socialismo e Liberdade. Com Heloísa Helena, o Brasil tem a chance de reencontrar valores perdidos, tais como simplicidade, honestidade, verdade. Porque Heloísa não rouba, não mente, não trai. Se vencer as eleições, todos os brasileiros serão convocados a reconstruir o nosso país.
Reforma Tributária -- Heloísa Helena firmou seu compromisso com o povo brasileiro, ao dizer que vai fazer uma reforma tributária que impeça a brutal transferência de riqueza dos pobres para os banqueiros. “Não é possível que os banqueiros fiquem com mais de 28% de toda a riqueza produzida no país. Nós vamos reduzir as taxas de juros pela metade, para que o Brasil volte a crescer e a gerar emprego, dê educação e capacitação profissional, permita que suas crianças e jovens possam escolher livremente a profissão que vão exercer no futuro e não se tornem reféns da prostituição e do crime organizado”.
Saúde -- Ao defender as suas propostas para a área de Saúde, a candidata da Frente de Esquerda comprovou conhecer profundamente as mazelas do país: “É essencial aumentar os investimentos em Saúde, para combater doenças como a hanseníase, malária e dengue, cuidar das doenças crônicas degenerativas e das seqüelas provocadas por acidentes de trânsito e pela violência. Como mãe, sei que o serviço público é ineficaz. Senti isso na pele quando meu filho teve traumatismo craniano e não havia remédio para impedir as suas convulsões. Mas há uma coisa muito especial que precisa ser feita: impedir que mais de 20% do dinheiro da seguridade social e da CPMF seja saqueado para gerar o superávit primário. É preciso reduzir as taxas de juros, para que se garanta R$ 70 bilhões, no primeiro ano de governo, para realizar investimentos, inclusive na área de Saúde. O Sistema Único de Saúde (SUS) é o melhor programa do planeta. Nós vamos aperfeiçoá-lo e manter a extinção da Desvinculação do Dinheiro da União (DRU), previsto para o mês de dezembro, para evitar a transferência do dinheiro da saúde para os banqueiros. A manutenção da DRU permite que mais de 20% dos recursos da seguridade social, saúde e previdência, sejam saqueados para fazer o jogo sórdido dos banqueiros”. Os R$ 70 bilhões vêm da redução da taxa de juros. O Brasil pagou ano passado 160 bilhões em juros com uma taxa media de juros de 16%. É nossa intenção baixar no primeiro ano a taxa de juros para cerca de 4% reais ou seja com uma previsão de inflação de cerca de 3,5% isso daria uma taxa de juros de 7,5% .Como nem toda a divida publica é indexada á taxa Selic definida pelo Banco Central teriamos uma economia estimada de cerca de 55 bilhões com a economia direta de juros e previsão de ampliar o crescimento economico para cerca de 6% ao ano o que aumentaria a arrecadação e daria mais folga orçamentaria. R$ 70 bilhões é uma previsão moderada e não comprometeria a necessária redução da relação divida /PIB.
Reforma Agrária – “O problema do Brasil não é a reforma agrária, mas a ausência dela, porque os banqueiros ficam com mais da metade de toda a riqueza produzida no país. Eu vou fazer a reforma agrária, que é muito mais do que simplesmente assentar os agricultores. O que esse governo faz é promover a favelização rural. Nós vamos investir R$ 1 bilhão para assentar 1 milhão de famílias, mas também realizar o zoneamento agrícola e dar crédito para que o pequeno possa produzir, o que esse governo nunca fez. No meu governo não vai haver violência no campo nem invasão de propriedades, porque vamos fazer, de fato, a reforma agrária. Mas, no meu governo, também não haverá invasão dos corruptos nos cofres públicos, não haverá invasão dos banqueiros nos cofres públicos, para ficar com mais da metade de toda a riqueza nacional”.
Política econômica – “Eu não agüento a cantilena enfadonha e mentirosa de desqualificar qualquer alternativa de democratizar a riqueza no Brasil. A política de juros adotada hoje sabota o desenvolvimento do país. No meu governo, haverá homens e mulheres de bem, inclusive dirigindo o Banco Central, para que o presidente do BC não seja mais menino de recado do capital financeiro. Nós vamos reduzir os juros pela metade e não haverá fuga de capitais, porque o Banco Central tem instrumentos para controlar a evasão do dinheiro. No meu governo, o BC será, de fato, autônomo e independente do capital financeiro, para garantir o crescimento do país e a implementação das políticas sociais”. Bolsa-Banqueiro – “Ninguém tem dúvida do meu compromisso com a saúde, a educação e a segurança pública. Mas, preciso de dinheiro para investir nestes setores. Nesses quatro anos, o governo pagou quase R$ 500 bilhões aos especuladores. Cada família de um especulador ganha R$ 610 mil por mês. É preciso acabar de uma vez com o Bolsa-Banqueiro, para garantir os recursos para as políticas de desenvolvimento do Brasil”. Redução do Estado – “É claro que não vamos promover o parasitismo das nomeações políticas. Porém, o Estado precisa de servidores públicos, para executar e viabilizar os serviços públicos. O comprometimento do orçamento com o pagamento dos salários desses servidores é mínimo. Portanto, não vamos diminuir o tamanho do Estado, mas, sim, o tamanho do dinheiro destinado à especulação financeira”.
Pontos negativos
Discurso muito radical, o que fará que os setores conservadores façam o possível para derrubá-la.