ZURIQUE (Reuters), 18 de dezembro - O capitão da seleção italiana campeã mundial, Fabio Cannavaro, foi eleito pela Fifa o Melhor Jogador do Ano nesta segunda-feira (18).O zagueiro de 33 anos do Real Madrid ficou à frente do francês Zinedine Zidane e do brasileiro Ronaldinho Gaúcho, segundo e terceiro colocados respectivamente, em uma votação de técnicos e capitães das seleções nacionais.Ronaldinho havia ficado com o prêmio nos dois anos anteriores.Cannavaro, primeiro defensor a conquistar o troféu nos 16 anos de história da premiação, já conquistou este ano também o prêmio de Melhor Jogador de Futebol da Europa, que recebeu da revista France Football no mês passado."A disputa foi assustadora, foi muito forte", disse Cannavaro na cerimônia de entrega do prêmio numa casa de ópera de Zurique."Depois de vencer a Copa do Mundo e o prêmio de Melhor Jogador do Ano na Europa também, acho que não posso pedir mais nada.""Não é comum que um defensor esteja sentado ao lado de Ronaldinho e Zinedine Zidane, que fazem coisas maravilhosas a temporada toda, então vejo como uma vitória apenas estar aqui".Cannavaro homenageou Zidane, seu predecessor na camisa número 5 do Real e escolha controversa na lista de indicados para o prêmio após sua expulsão na final da Copa do Mundo.GRANDE JOGADOR"Quando eu vim para o Real, todos me perguntaram o que significava usar a mesma camisa", disse o italiano. "Só posso dizer agora o que disse na época, é uma honra vestir o mesmo número de um grande jogador".Como Zidane, Cannavaro também esteve envolvido em uma controvérsia neste ano, quando ajudou a Juventus a conquistar o segundo título seguido do Campeonato Italiano. Entretanto, a conquista foi retirada da equipe, que ainda foi rebaixada pelo envolvimento em um escândalo de manipulação de resultados.O título da Copa do Mundo foi conquistado com essa investigação como pano de fundo, e Cannavaro chegou para o Mundial enfrentando críticas depois de ter defendido o ex-gerente-geral da Juventus, Luciano Moggi, que estava no centro do escândalo.A indicação dele para os prêmios de Melhor da Europa e de Melhor do Mundo também foi criticada, com vários técnicos e jogadores argumentando que ela se devia mais ao desempenho da Itália em um mês do que às suas conquistas em clube e na seleção durante o ano.Apesar de não ter conquistado o prêmio pela terceira vez consecutiva e da decepção de ter perdido o Mundial Interclubes para o Internacional no domingo, Ronaldinho manteve o sorriso."É um privilégio estar sentado aqui ao lado de Cannavaro", disse o meia-atacante do Barcelona."Eu já me sinto como um vencedor porque a indicação é um prêmio pela minha carreira até agora. Agora só quero ajudar a minha equipe e de uma maneira que eu possa voltar a Zurique todos os anos."Entre as mulheres, a atacante brasileira Marta foi eleita a melhor jogadora do mundo em 2006. "Primeiro quero agradecer a Deus por tudo que consegui até agora, e aos meus familiares, às companheiras de clube e de seleção. Quero dizer que vou continuar trabalhando firme para voltar aqui mais vezes", disse Marta, chorando, após receber o prêmio.Marta, de 20 anos, conquistou o prêmio pela primeira vez em sua terceira indicação consecutiva entre as três melhores do mundo. Em 2005, ela ficou com a segunda posição, sendo vencida apenas pela alemã Birgit Prinz.A brasileira superou a norte-americana Kristine Lilly, de 35 anos, e a alemã Renate Lingor, 31, segunda e terceira colocadas, respectivamente, na eleição anunciada nesta segunda.Nesta temporada, Marta liderou o clube sueco Umea IK na campanha rumo à quarta final da Copa da Uefa, que será decidida contra o Arsenal, tendo marcado sete gols em sete partidas na competição.Por Mark Ledsom
segunda-feira, 18 de dezembro de 2006
Cannavaro é eleito o melhor jogador
ZURIQUE (Reuters), 18 de dezembro - O capitão da seleção italiana campeã mundial, Fabio Cannavaro, foi eleito pela Fifa o Melhor Jogador do Ano nesta segunda-feira (18).O zagueiro de 33 anos do Real Madrid ficou à frente do francês Zinedine Zidane e do brasileiro Ronaldinho Gaúcho, segundo e terceiro colocados respectivamente, em uma votação de técnicos e capitães das seleções nacionais.Ronaldinho havia ficado com o prêmio nos dois anos anteriores.Cannavaro, primeiro defensor a conquistar o troféu nos 16 anos de história da premiação, já conquistou este ano também o prêmio de Melhor Jogador de Futebol da Europa, que recebeu da revista France Football no mês passado."A disputa foi assustadora, foi muito forte", disse Cannavaro na cerimônia de entrega do prêmio numa casa de ópera de Zurique."Depois de vencer a Copa do Mundo e o prêmio de Melhor Jogador do Ano na Europa também, acho que não posso pedir mais nada.""Não é comum que um defensor esteja sentado ao lado de Ronaldinho e Zinedine Zidane, que fazem coisas maravilhosas a temporada toda, então vejo como uma vitória apenas estar aqui".Cannavaro homenageou Zidane, seu predecessor na camisa número 5 do Real e escolha controversa na lista de indicados para o prêmio após sua expulsão na final da Copa do Mundo.GRANDE JOGADOR"Quando eu vim para o Real, todos me perguntaram o que significava usar a mesma camisa", disse o italiano. "Só posso dizer agora o que disse na época, é uma honra vestir o mesmo número de um grande jogador".Como Zidane, Cannavaro também esteve envolvido em uma controvérsia neste ano, quando ajudou a Juventus a conquistar o segundo título seguido do Campeonato Italiano. Entretanto, a conquista foi retirada da equipe, que ainda foi rebaixada pelo envolvimento em um escândalo de manipulação de resultados.O título da Copa do Mundo foi conquistado com essa investigação como pano de fundo, e Cannavaro chegou para o Mundial enfrentando críticas depois de ter defendido o ex-gerente-geral da Juventus, Luciano Moggi, que estava no centro do escândalo.A indicação dele para os prêmios de Melhor da Europa e de Melhor do Mundo também foi criticada, com vários técnicos e jogadores argumentando que ela se devia mais ao desempenho da Itália em um mês do que às suas conquistas em clube e na seleção durante o ano.Apesar de não ter conquistado o prêmio pela terceira vez consecutiva e da decepção de ter perdido o Mundial Interclubes para o Internacional no domingo, Ronaldinho manteve o sorriso."É um privilégio estar sentado aqui ao lado de Cannavaro", disse o meia-atacante do Barcelona."Eu já me sinto como um vencedor porque a indicação é um prêmio pela minha carreira até agora. Agora só quero ajudar a minha equipe e de uma maneira que eu possa voltar a Zurique todos os anos."Entre as mulheres, a atacante brasileira Marta foi eleita a melhor jogadora do mundo em 2006. "Primeiro quero agradecer a Deus por tudo que consegui até agora, e aos meus familiares, às companheiras de clube e de seleção. Quero dizer que vou continuar trabalhando firme para voltar aqui mais vezes", disse Marta, chorando, após receber o prêmio.Marta, de 20 anos, conquistou o prêmio pela primeira vez em sua terceira indicação consecutiva entre as três melhores do mundo. Em 2005, ela ficou com a segunda posição, sendo vencida apenas pela alemã Birgit Prinz.A brasileira superou a norte-americana Kristine Lilly, de 35 anos, e a alemã Renate Lingor, 31, segunda e terceira colocadas, respectivamente, na eleição anunciada nesta segunda.Nesta temporada, Marta liderou o clube sueco Umea IK na campanha rumo à quarta final da Copa da Uefa, que será decidida contra o Arsenal, tendo marcado sete gols em sete partidas na competição.Por Mark Ledsom
Morre o criador de "Scooby-Doo"
LOS ANGELES (Reuters), 18 de dezembro - O famoso desenhista de Hollywood Joseph Barbera, fundador do grupo que criou "Os Flintstones", morreu nesta segunda-feira aos 95 anos, informou o estúdio da Warner Bros. em um comunicado.
Barbera, que fundou o estúdio Hanna-Barbera com William Hanna, foi também um dos responsáveis pela criação dos desenhos "Os Jetsons" e "Scooby-Doo".
Por Bob Tourtellotte
quarta-feira, 6 de dezembro de 2006
sexta-feira, 1 de dezembro de 2006
quinta-feira, 30 de novembro de 2006
Copom reduz taxa Selic para 13,25% ao ano
Na nota em que justifica a posição, o Banco Central diz que "avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu reduzir a taxa Selic para 13,25% ao ano sem viés, por cinco votos a favor e três votos pela redução da taxa Selic em 0,25".
Esta é a décima segunda reunião consecutiva em que há redução dos juros. Em quase todas as reuniões anteriores o corte foi de meio ponto percentual. Em janeiro, março e abril deste ano o BC reduziu a taxa em 0,75 ponto percentual. A partir de maio as reuniões passaram a acontecer a cada 40 dias e não mais mensalmente. Ainda assim, as reduções, de lá para cá, permaneceram em meio ponto percentual.
A Selic é utilizada pelo governo para manter a política de controle de inflação. Quando não há risco de alta da inflação no futuro, o Copom sente-se à vontade para reduzir a taxa. Quando os juros provocam uma corrida ao crédito a ponto de por em risco a meta de inflação, o comitê amplia.
No atual patamar, com a perspectiva de inflação dentro da meta de 4,5%, a Selic é a mais baixa da história. A atual política monetária conseguiu colocar a taxa real de juros – Selic menos inflação projetada para os próximos 12 meses – em apenas um dígito (abaixo dos 10%). Com a decisão de hoje, a taxa real passa a ser de 9,5% ao ano.
Orkut monitorado pela PF
Nem a Polícia Federal e nem o Google divulgaram quantas páginas já foram retiradas do ar até o momento.
terça-feira, 28 de novembro de 2006
Wal-Mart deve vender produtos pela internet a partir de 2007
Vera Dantas, Lorena Vieira
A venda pela internet é uma das novas prioridades do Wal-Mart no Brasil. A rede já tem um grupo estudando o comércio eletrônico e deverá montar sua loja virtual a partir de 2007. Assim como ocorre nas ruas, o Wal-Mart disputará espaço com o Pão de Açúcar e o Extra.com, que devem investir mais nas vendas pela internet. Outro concorrente de porte que o Wal-Mart deve enfrentar será a Americanas. com, que acaba de acertar uma fusão com o Submarino, criando a maior loja de comércio eletrônico da América Latina.
Além de montar a operação virtual, o presidente do Wal-Mart, Vicente Trius, espera que, em 2007, a rede acelere ainda mais o ritmo de crescimento no País. 'Será um ano histórico, vamos abrir 28 lojas', disse. Sua expectativa é que a rede obtenha em 2007 um desempenho superior ao deste ano.
Sem revelar números, Trius informou que em 2006 a empresa vem registrando um crescimento nas vendas em comparação com o ano passado - isso, mesmo sem contar as lojas abertas neste ano. O resultado contrasta com os números apresentados nos Estados Unidos, onde a companhia informou no fim de semana que prevê queda nas vendas de 0,1% em novembro, o primeiro recuo desde 1996.
INVESTIMENTO RECORDE
No Brasil, o Wal-Mart investirá R$ 850 milhões no próximo ano, para abrir 28 novos pontos-de-venda em todos os formatos - de lojas populares com a bandeira Todo Dia à rede de atacado Sam's Club. É o maior investimento já feito pela rede americana desde que chegou ao Brasil, em 1995. Em 2006, a empresa investiu R$ 600 milhões para abrir 14 lojas.
Ao mesmo tempo em que investe em lojas de rua, o Wal-Mart estabeleceu como prioridade para 2007 o comércio virtual. 'Queremos entrar no e-commerce. Mas não vimos isto antes porque tínhamos outras prioridades na mesa, que eram as aquisições e integrações das empresas', disse Trius,referindo-se à compra das redes Bompreço e Sonae nos dois últimos anos.
Hoje, disse Trius, o Wal-Mart só não vende produtos pela internet no Brasil, Argentina e Japão. 'Temos oportunidades. Estávamos um pouco devagar', admitiu, sem querer entrar em detalhes. A rede Sonae já tem operações de comércio eletrônico que estão sendo estudadas pelo Wal-Mart.
A área de e-commerce ficará na divisão especial do grupo, que está há duas semanas com um novo vice-presidente, o executivo Carlos Fernandes, que veio da consultoria Accenture. A divisão especial era comandada por Eduardo Gouvêa, que deixou a empresa há um mês. Fernandes irá ocupar uma área estratégica para o Wal-Mart, que abrange farmácias, restaurantes,postos de gasolina e lojas de revelações digitais. Hoje, o Wal-Mart possui 114 farmácias, três postos e sete restaurantes.
REGIONALIZAÇÃO
Outra estratégia que a rede decidiu reforçar é a da regionalização. 'Claro que existem sinergias na rede, como em logística. Mas, pelas dimensões do País, não podemos esquecer do peso das marcas regionais', disse. Para administrar essa regionalização, a rede tem escritórios em Recife, Salvador, Curitiba e Porto Alegre.
A rede planeja também aumentar a oferta de serviços financeiros em 2007. A empresa vai ampliar a oferta de seguros - hoje restrita a quem tem o cartão Hipercard - para todos os clientes e abrir quiosques para a venda do produto. Na área de crédito, Trius disse que os financiamentos em 10 vezes sem juros fazem parte do modelo de negócios brasileiro. Mas alertou, numa indireta a concorrentes: 'É preciso saber que a venda a crédito tem um custo e pode ser um perigo.' O Wal-Mart, disse, é conservador na área.
Trius ressaltou ainda que um eventual apagão do setor elétrico em 2008, como se discute no País, pode afetar os planos de investimentos da rede nos próximos anos. 'Em 2007, o mínimo que o governo fizer será melhor do que em 2006', disse Trius. Ele desmentiu rumores de que deixaria o cargo. 'Em 2007, estarei aqui'.
domingo, 26 de novembro de 2006
Badaladas, igrejas têm filas de 2 anos
Valéria França
Os paulistanos estão enfrentando fila até para casar. E a espera pode ser muito longa. Há paróquias que só têm vagas na agenda de cerimônias para o segundo semestre de 2008. Caso da Nossa Senhora do Brasil, uma das mais badaladas e requintadas da cidade. 'Tem noiva que chega quase chorando, dizendo que faz questão de casar aqui', diz Nadir José Brun, pároco da igreja.
'O fato é que há um grupo de igrejas que se transformou em queridinhas das noivas', diz a organizadora de casamentos Romy Godoy, dona da agência Romy Godoy & Tangrê Woolff. 'São espaços que traduzem o lugar perfeito que elas idealizaram.' Mas São Paulo não sofre com a falta de igrejas. Há 523 paróquias católicas espalhadas pelos 96 distritos da cidade - sem contar as igrejas de outras religiões, como as protestantes e evangélicas.
Fundada em 1940 no Jardim América, a barroca Nossa Senhora do Brasil é uma das mais disputadas. Entre as 10 preferidas, ela está em segundo lugar. Perde apenas para a Igreja Cruz Torta, no alto de Pinheiros, que realiza 450 casamentos por ano (veja ranking, à dir.). Na Nossa Senhora de Fátima, são realizados 360 casamentos por ano. Há três meses, o número de pedidos desesperados e a agenda lotada levaram a paróquia a abrir mais um horário. 'Passamos de cinco para seis casamentos por sábado, das 17 às 22 horas', diz padre Brun.
'Assim mesmo, em 2007, sobraram alguns poucos dias como terças, quartas e quintas-feiras, mas ninguém quer', completa o padre. Durante a semana, a igreja faz apenas um casamento por dia, às 20 horas. Como o trânsito está sempre congestionado no início da noite, as noivas preferem os sábados. Além disso, a Nossa Senhora do Brasil é rígida em relação à pontualidade. Exige que os noivos assinem um contrato e uma das cláusulas prevê, em caso de atraso, a transferência da cerimônia para outro dia.
As noivas aceitam todas as exigências feitas pelas igreja nos detalhes que envolvem a celebração. Sujeitam-se a contratar apenas os profissionais como decorador, fotógrafo, coral e orquestra cadastrados no Guia da Noiva. Cada paróquia tem um. As noivas ainda pagam uma taxa de R$ 1 mil.
Para não postergar a união, o publicitário Eduardo Cargnelutti, de 29 anos, e a fisioterapeuta Paula Tozzi Souza, de 25 anos, casaram na última quinta-feira na Nossa Senhora do Brasil. 'Minha noiva fazia questão de casar aqui', diz Cargnelutti. Conseguiram um recorde para os parâmetros da igreja ao marcar o casamento com apenas oito meses de antecedência. 'É raro, mas, às vezes, alguém desiste e quem dá sorte pega o horário', diz o padre Brun.
As igrejas que figuram no ranking têm características particulares. A Nossa Senhora do Brasil, por exemplo, ganha em requinte e badalação. Já a Santa Teresinha, em Higienópolis, a terceira da lista, com 338 casamentos por ano, diferencia-se pelo romantismo da cerimônia. Na hora da troca das alianças, pétalas de rosas champanhe ou brancas caem do teto do altar.
'Queria um casamento bem tradicional, uma cerimônia para ninguém esquecer', diz a administradora Cristina Barbosa, de 27 anos, que se casou na sexta-feira, com chuva de pétalas de rosa, com o também administrador Felipe Zicchiato, de 30 anos, depois de mais de uma década de namoro.
A Nossa Senhora Perpétuo Socorro, no Jardim Paulistano, é muito procurada pela sua localização. Fica de frente para uma praça bem arborizada e tranqüila, cenário ideal para casamentos diurnos. Além disso, está num trecho do bairro onde os convidados não encontram problemas para estacionar. 'No último ano, o número de casamentos subiu 40%', diz Fátima Célia dos Santos, secretária da paróquia, que controla a agenda de cerimônias.
O aumento da procura ocorreu depois do casamento da atriz global Tânia Khalil com o músico Jair Oliveira, o Jairzinho. 'A Perpétuo Socorro ficou mais em evidência', diz Fátima.
A Igreja Anglicana também está entre as dez mais. Com um culto mais parecido com o da católica romana do que com a protestante, sua filosofia segue uma linha mais liberal. 'Casamos noivos de diferentes credos', diz o vigário Aldo Quintão, que já celebrou uniões entre judeus e cristãos. 'O rabino não faz, mas para a nossa igreja, o importante é o amor dos noivos.' Na Anglicana, a agenda de 2007 já está lotada.
'Casar e ter filhos são os sonhos mais acalentados pelas mulheres', diz a terapeuta de casais Magdalena Ramos, professora da Faculdade de Psicologia da Universidade de São Paulo. O vestido, assim como o local do casamento, são as peças-chave desse sonho. Quando o dia da cerimônia finalmente chega, a noiva procura reproduzir com fidelidade seus desejos.
'Mas os relacionamentos hoje em dia são tão efêmeros que esperar dois anos para conseguir uma data na igreja é um risco', diz Magdalena. 'O namoro pode não durar até lá.'
sábado, 25 de novembro de 2006
Formula 1 quebra barreira
quinta-feira, 23 de novembro de 2006
Nove em cada dez adolescentes ligados ao tráfico estão fora da escola, diz pesquisa
Brasília - Apenas 7% dos jovens envolvidos com o narcotráfico mantém seus estudos, segundo pesquisa divulgada hoje (23) pelo Observatório de Favelas. Grande parte deles desistiu de estudar entre os 11 e 15 anos, mesma faixa etária em que a maioria entrou para o tráfico. Mais da metade tem Carteira de Trabalho, o que, para o Observatório de Favelas, revela a expectativa desses jovens de conseguir um trabalho formal.
De acordo com a pesquisa, mais da metade dos entrevistados já foram detidos, mas apenas 28,3% foram levados para alguma instituição pública. 54,3% deles disseram já ter sido extorquidos uma vez ou mais por policias e 73% indicaram que já sofreram agressões desses mesmos agentes. Dos 230 jovens entrevistados, 45 morreram ao longo da pesquisa, sendo que 64,4% foram mortos por policiais.
A pesquisa “Caminhada de crianças, adolescentes e jovens na rede do tráfico de drogas no varejo do Rio de Janeiro” foi divulgada hoje (23) pelo Observatório de Favelas, organização da sociedade civil sediada na Favela da Maré. A pesquisa durou dois anos e investigou a trajetória de 230 jovens, com idades entre 11 e 24 anos, envolvidos com o tráfico de drogas em 34 comunidades distribuídas nas Zonas Norte, Sul, Oeste e Leopoldina. Foi realizado em parceria com o Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e outras instituições.
Desafio de informática
quarta-feira, 22 de novembro de 2006
Galápagos é assim: impressiona à primeira (segunda, terceira...) vista
Elas recebem mais de uma dezena de adjetivos e, ainda assim, é difícil acertar qual deles define melhor as Ilhas Galápagos, no Equador. Uma certeza: é impossível fugir das aulas práticas diárias de Biologia no solo vulcânico que, dois séculos atrás, inspirou Charles Darwin (1809- 1882) a desenvolver sua teoria da seleção natural.
Em Baltra, uma das duas ilhas com aeroporto (o outro fica em São Cristóbal), chegam turistas de todos os lugares - alemães, suecos, japoneses, etc. - que escolheram a opção mais popular de conhecer a região central de Galápagos: de navio.
A recepção bilíngüe dos guias equatorianos é praticamente sobrepujada pelas 'boas-vindas' de cinco leões-marinhos, que não se incomodam com a leva de pessoas histéricas com a ilustre presença.
Os guias insistem: 'Se preocupem em colocar os coletes salva-vidas. Vocês vão se cansar de imagens como esta.' Eles estavam parcialmente certos. Os leões-marinhos estão espalhados aos montes por todas as ilhas visitadas - mas ninguém se cansaria de vê-los.
Eleito pela Unesco, em 1979, Patrimônio Natural da Humanidade, o grupo de ilhas vulcânicas é composto de 13 grandes ilhas, 6 menores, 40 ilhotas e ainda 200 rochas sedimentares, com idades entre 1 milhão e 5 milhões de anos, que ficam a mil quilômetros do continente. As ocidentais Isabela e Fernandina - cobiçadas pelos ecoaventureiros atrás de um bom mergulho com tubarões - têm cerca de 1 milhão de anos.
Quem prefere ficar em terra costuma escolher a cidade de Puerto Ayora, em Santa Cruz, a principal ilha do arquipélago, com 16 mil habitantes e repleta de barzinhos, restaurantes e lojinhas simpáticas. Caso da The Red Mangrove Adventure Inn (00--593-5-252-7011; www.redmangrove.com), que conta com inúmeras programações alternativas, como ciclismo e surfe.
AS INEVITÁVEIS TARTARUGAS
As tartarugas gigantes que deram nome ao lugar também são uma atração à parte, especialmente pelo aspecto bizarro e por serem únicas no mundo. Elas se concentram na parte alta da Ilha Santa Cruz e consomem pelo menos 50 tipos de vegetais, além de frutas, e seu peso médio é de cerca de 200 quilos.
Este paraíso sem predadores também é a casa de iguanas terrestres e marinhas, que passeiam entre caranguejos vermelhos enormes, minipingüins e pelicanos, sem medo de serem incomodadas. Os sortudos podem ainda ver flamingos rosados - são somente cerca de 700 na região. E o adeus fica por conta das fragatas magníficas, aves cujos machos inflam o peito vermelho, orgulhosos, para convidar as fêmeas para o acasalamento. Parece tudo combinado para turista ver. Ainda bem que não é.
domingo, 19 de novembro de 2006
Hino à Bandeira
Letra de: Olavo Bilac
Música de: Francisco Braga
Salve lindo pendão da esperança
Salve, símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátriz nos traz.
Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil.
Em teu seio formoso retratas
Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul.
Recebe o afeto que se encerra ...
Contemplando o teu vulto sagrado,
Compreendemos o nosso dever;
E o Brasil por seus filhos amado,
Poderoso e feliz há de ser.
Recebe o afeto que se encerra...
Sobre a imensa nação brasileira,
Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre, sagrada bandeira,
Pavilhão da justiça e do amor!
Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil.
HUMANISTAS CONSPIRAM CONTRA A SOCIEDADE
Idéias danosas são propagadas como vírus.
Conceitos falsos são mantidos como uma verdade absoluta e comparados a tabuas de salvação.
Mas caso você leitor não tenha percebido do que falo vou agora revelar uma conspiração vil e perniciosa.
Os falsos samaritanos que pregam o humanismo e os direitos dos criminosos.
Não se encantem com suas palavras bonitas. Já que elas são usadas freqüentemente para manter a corja da sociedade incólume de quaisquer sansões que a lei queira lhe impor.
Qual pai de família fica em paz sabendo que criminosos andam impunemente nas ruas coagindo seus familiares.
Como ter paz sabendo que seus filhos podem ser molestados a qualquer instante? E para piorar ter a consciência que o criminoso será tratado como um rei por causa desses grupos?
Falsos samaritanos andam de mãos dadas com os criminosos e culpam a sociedade pela existência deles.
Mas temos que dar um basta.
Todos nós sabemos que quando analisamos o perfil dos mais perigosos estupradores este se encaixa na classe media.
E não é um privilegio do Brasil.
Isso é mais marcante nos EUA.
O mesmo país que lidera o Ranking dos grupos humanistas.
Pense comigo leitor.
Afirmam que somos culpados pela criminalidade já que não nos mexemos para mudar a situação.
Note que estes que nos cobram atitudes já as tomaram.
Brigaram por direitos para marginais e conseguiram.
Mas e você?
É um marginal?
Caso não seja saiba que nunca vão mover uma palha em seu prol.
Que este sozinho.
E que os sociólogos acreditam que é mais vantajoso arcar com os honorários de um advogado para libertar um estuprador do que utilizar este dinheiro para alimentar uma família.
sexta-feira, 17 de novembro de 2006
Arrecadação de impostos atinge novo recorde em outubro
De acordo com relatório divulgado nesta tarde pela Secretaria da Receita Federal, contribuiu para essa elevação a arrecadação atípica, no valor de R$ 385 milhões, relativa a remessas ao exterior, o que incrementou em 107,84% o recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte para este tipo de operação.
Também houve crescimento de 11,87% na arrecadação do Imposto de Importação e de 20,54% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) vinculado à importação
quinta-feira, 16 de novembro de 2006
quarta-feira, 15 de novembro de 2006
Recordadar é viver - Heman
Abertura do Heman
terça-feira, 14 de novembro de 2006
segunda-feira, 13 de novembro de 2006
domingo, 12 de novembro de 2006
Entre a consagração e o ridículo
CORRESPONDENTE - PARIS
O prêmio literário Goncourt, o mais cobiçado da França, foi concedido quase por unanimidade na semana passado ao livro de Jonathan Littell, Les Bienveillantes (editado pela Gallimard). “Matéria para explodir a literatura contemporânea”, comentou o jornal Le Figaro, com um pouco de exagero.
Jonathan Littell tinha tudo contra si. O livro é um tijolo de 900 páginas. O autor, um americano de 40 anos, totalmente desconhecido (embora seu pai seja um grande mestre de romances de espionagem americanos), que escreve em francês porque foi educado na França.
Quanto ao tema do romance, é o mais batido do último século: a Shoah (Holocausto), o extermínio de judeus pelos nazistas, tema abominável e mil vezes repisado, até a náusea, até por escritores muito importantes como o italiano Primo Levi e os franceses David Rousset e Robert Anthelme.
Quando o manuscrito foi proposto, em março deste ano, as editoras o receberam com reservas. A Gallimard mesmo assim o aceitou, mas com prudência, e fez uma tiragem modesta de 12 mil exemplares. Mas desde o lançamento do livro, em setembro, foi um turbilhão. Sem que ninguém entendesse o porquê, e antes mesmo de surgirem as resenhas e artigos, as livrarias foram assaltadas.
Na Gallimard, eles não sabiam o que fazer. Ordenaram uma nova impressão, mas o livro é imenso. Era preciso encontrar o papel. Eles recorreram então às reservas de papel previstas para o outro grande sucesso da Gallimard, Harry Potter. Finalmente, as rotativas rodaram. A editora lançou outros 170 mil exemplares no mercado. E eles sumiram.
Abriu-se a temporada dos grandes prêmios. Pânico: todos os prêmios queriam Jonathan Littell. Brigas. O Grand Prix da Academia Francesa foi o primeiro a coroar o autor. O Goncourt, que vem em seguida, ficou furioso. E contemplou, sem medo do ridículo, o mesmo Littell. As rotativas recomeçaram a roncar. Onde estamos? 300 mil exemplares? 400 mil? Nem a Gallimard sabe direito. Talvez cheguem a 600 mil, a 700 mil.
Na Feira de Frankfurt (o mercado mundial do livro), o mundo inteiro se bate por Littell. Ele é vendido para a Alemanha por US$ 567 mil, para os Estados Unidos por US$ 1 milhão, para a Itália, a Grécia, Israel, a Holanda, para toda parte. Então a Gallimard vai arrecadar uma segunda bolada com direitos estrangeiros? Nada disso, porque Littell foi negociado por um agente literário inglês, Andrew Nurnberg, e esse Nurnberg foi muito astuto: vendeu à Gallimard a exclusividade para a França, mas reservou a Littell e a si os direitos sobre todas as traduções.
MERGULHO NO INFERNO
O título, Les Bienveillantes (“as bondosas”, numa tradução livre) é uma armadilha. Littell nos mergulha num inferno. Seu livro é uma confissão longa e gélida, feita 60 anos depois dos fatos, por um alemão da Waffen SS durante a guerra, um certo Max Aue. Mas esse SS, embora tão cruel e tão peçonhento quanto todos os seus congêneres, é de um metal muito raro: é doutor em Direito, um espírito brilhante, músico, poeta, sensível à beleza das coisas, um erudito. E quando relata o horror, o crime, ele o faz num tom uniforme, quase indiferente.
E para relatá-lo, o Hauptsturmfuhrer Max Aue narra suas conversas com colegas sobre os judeus, os ingleses, seu gosto pelos poetas franceses, sua homossexualidade. Entre dois assassinatos, ele disserta sobre Stendhal, Jean Genet, o marquês de Sade. Na Rússia, fala grego com suas vítimas, cita os grandes autores latinos, Tertuliano, etc. É repulsivo.
Em Paris, se tem uma hora de folga, corre para o Louvre para ver um quadro de Philippe de Champaigne. Aue é um monstro, mas tão dotado, tão bem-criado, tão refinado! Um lógico: se aprova a “solução final”, não é por covardia ou resignação. Não, é que, logicamente, é a única saída.
Para dar boa medida, ele tem algumas outras pequenas especialidades, mas sempre muito distintas, quase se ficaria tentado a dizer, “musicais”: o incesto, por exemplo, com sua irmã. E, depois, ele se tornará parricida. Em suma, esse Waffen SS cultivado e sedutor é simplesmente a figura faustiana do mal. Repulsiva e fascinante ao mesmo tempo.
Littell terá querido defender uma tese? Sem dúvida. Só se pode pensar em análises anteriores do Shoah, em particular às brilhantes de Hannah Arendt sobre a “banalidade do mal”. É nesse sentido que o horror das matanças cometidas por Max Aue se enriquece, se assim podemos dizer, com um segundo horror, mais escondido ainda e mais perverso: esse SS coberto de sangue é um homem como todo o mundo, como vocês e eu, um “homem sem qualidade”, como poderia ter dito Robert Musil. Em outros tempos, poderia ter sido um professor universitário, ou um advogado, ou um excelente médico. Sim. Mas aí veio o Holocausto e Aue embarcou no Apocalipse, sem vacilação.
Uma tamanha epopéia do mal certamente dividiria a crítica: muitos admiram, mesmo confessando que a leitura dessa torrente de beleza e horrores é pesada, fatigante, uma verdadeira provação. Outros se declaram simplesmente refratários a essa arte. O grande historiador da Shoah, o francês Claude Lanzmann (no qual, aliás, Littell diz que se inspirou para sua documentação excelente), opina: “Essas 900 páginas torrenciais jamais alcançaram a encarnação. O livro inteiro permanece como um décor, e o fascínio de Littell pelo lixo, o pesadelo, o fantástico, a perversão sexual, contraria seu propósito, suscitando mal-estar, revolta não se sabe contra quem nem porquê.” O veredicto de Lanzmann é justo. Mas o sucesso espantoso desse livro monstro coloca uma outra questão ainda mais perturbadora: é preciso imaginar que o leitor ordinário não consegue evitar o mergulho, até a vertigem, nesse oceano mefítico, enchendo as narinas com sua exalação de morte.
Mais uma palavra: ante esse “óvni” editorial, alastraram-se rumores neste meio estreito das letras francesas que é o bairro de Saint Germain de Près. É bom que se diga que o autor, que mora em Barcelona, nada fez para contradizer de imediato esses rumores; por exemplo, nunca quis aparecer na televisão. O rumor insistente é que Jonathan Littell não é o autor do livro. Ou então que o texto do jovem americano foi “reescrito” por “um profissional.” A essa acusação, o “leitor” da Gallimard que fez publicar a obra (Richard Millet) opõe um desmentido formal: “Que fique claro”, diz Millet, “que eu não sou o autor de Les Bienveillantes. E tampouco o reescrevi.” Ele acrescenta que se contentou em alijar umas 60 páginas do monumental manuscrito do americano e eliminar alguns anglicismos.
A essas refutações de Richard Millet, podem-se opor duas respostas: de um lado, permanecem muitos anglicismos e incorreções lingüísticas no texto do americano. Para alguns, aliás, Millet teria feito melhor trabalhando um pouco mais e cortando não 60, mas 160, ou mesmo 260, ou até 360 páginas do original.
TRADUÇÃO DE CELSO MAURO PACIORNIK
sábado, 11 de novembro de 2006
Piadas
NADA!
mexirica não fala e dragão não existe!
Todo os dia um menininho passava na sorveteria e perguntava:
- tem sorvete de jaca?
o sorveteiro respondia:
-não, meu filho!
Todo santo dia o mulequinho perguntava.
Até que um dia o sorveteiro se enfezou e fez vários sorvetes de jaca.
- agora ele não tem do que reclamar- disse o sorveteiro.
No dia seguinte,o mulequinho passa e pergunta :
-tem sorvete de jaca?
-tem!
-credo,que nojo!Sorvete de jaca...
sexta-feira, 10 de novembro de 2006
Produção industrial cai na maioria das regiões pesquisadas pelo IBGE
Em São Paulo, que tem o maior parque industrial do país, a produção recuou 2,7%, acima da média nacional, que foi de queda de 1,4%. Por outro lado, Espírito Santo (9,9%), Pernambuco (3,1%) e Rio Grande do Sul (2,4%) registraram as maiores altas.
Em relação a setembro do ano passado, o setor mostrou crescimento em 11 dos 14 locais pesquisados e as maiores expansões foram registradas nos estados do Pará (13,7%), Espírito Santo (12,6%) e Ceará (10,8%). Com as maiores taxas negativas aparecem as indústrias de Goiás (-1,0%), Rio de Janeiro (-2,2%) e Paraná (-8,0%).
De acordo com o IBGE as quedas na passagem de agosto para setembro não foram generalizadas, atingindo setores específicos. No caso de São Paulo, por exemplo, o resultado foi puxado pelo recuo nas indústrias de veículos automotores por causa das greves dos metalúrgicos; enquanto em Goiás as indústrias que contribuíram para o recuo foram de produtos químicos e alimentos e bebidas.
“As quedas regionais de agosto para setembro acompanharam o resultado nacional no período, que também apontou um recuo de 1,4%, porém isso não significa que a atividade industrial como um todo esteja se retraindo. Foi pontual, já que o setor veio de dois meses de resultados positivos”, avaliou o coordenador da pesquisa do IBGE, André Macedo.
quinta-feira, 9 de novembro de 2006
Recordar é viver - Jaspion
Lembram-se do Jaspion? Aí vai a abertura só pra matar as saudades da infância.
quarta-feira, 8 de novembro de 2006
Excesso de intimidade pode levar à extinção
Seres vivos que dependem um do outro para sobreviver são simbiontes. Na ausência de um, o outro morre. A maneira como esses “casamentos” surgem e se desenvolvem ao longo de milhares de anos é fascinante.
Entre os casos conhecidos, um dos mais bem estudados é a simbiose entre bactérias e insetos. Nos últimos anos os genomas de algumas dessas bactérias foi seqüenciado. Sua análise conta a triste história dessas bactérias, que, após dedicar sua existência a seus parceiros, acabam sendo trocadas pela outra e, incapazes de viver na solidão, se extinguem.
Os psilídios são um grupo de insetos que vivem de chupar a seiva das plantas. A seiva é o único alimento e, apesar de conter açúcar, não contém todos os aminoácidos que o inseto necessita para sobreviver. Para obter os aminoácidos, esses insetos contam com a ajuda de bactérias com quem formam uma relação simbiótica. Os insetos fornecem o açúcar que as bactérias necessitam e em troca elas fornecem os aminoácidos. Nos casos mais simples e primitivos desse tipo de simbiose, as bactérias ficam alojadas no intestino do inseto, mas, nos psilídios, as bactérias convivem de maneira muito mais íntima com seus parceiros.
Esses insetos desenvolveram células especiais chamadas de bacteriócitos, capazes de alojar as bactérias no seu interior. Como as bactérias passam de uma geração de insetos para a outra através dos ovos, faz milhões de anos que o único ambiente que conhecem é o interior de uma célula de inseto.
Quando os cientistas seqüenciaram o genoma de uma dessas bactérias, a Carsonella, descobriram que ela tem um dos menores genomas conhecidos, com somente 182 genes. A Xylella, uma bactéria que vive no interior das plantas necessita de quase 3 mil genes para sobreviver, enquanto que nós humanos, possuímos mais de 30 mil genes. Por viver na intimidade de seu parceiro, a Carsonella aos poucos foi eliminando os genes que eram utilizados para sintetizar as moléculas que como simbionte ela pode obter de seu parceiro. Assim, ela eliminou os genes necessários para sintetizar os componentes do DNA, os genes que produzem sua membrana celular e inclusive os que controlam a entrada e a saída das diversas moléculas, delegando para a célula do inseto a responsabilidade de controlar todo seu ambiente.
Em outras palavras, a Carsonella abriu mão de sua capacidade de sobreviver sem o inseto em troca da intimidade e da proteção oferecida por seu parceiro. Como “pagamento” pela comodidade, ela manteve os genes necessários para produzir os aminoácidos de que o parceiro necessita para viver.
Você deve imaginar que tanta dedicação por parte da Carsonella deveria ser correspondida com igual fidelidade por parte dos insetos. Entretanto, também neste mundo existe a competição. E os cientistas descobriram bactérias com genomas maiores e mais robustas que penetram nos bacteriócitos dos insetos e acabam por competir com as frágies Carsonellas, que perdem a batalha. Os cientistas acreditam que, expulsas de seu meio ambiente e sem capacidade de sobreviver fora dos insetos, muitas das Carsonellas acabam se extinguindo. Quanto aos psilídeos, agora munidos de novas parceiras, seguem adiante chupando as plantas.
Mais informações em The 160-kilobasepair genome of the bacterial endosymbiont Carsonella, na Science, volume 314, página 267, de 2006.
Voce sabia?
terça-feira, 7 de novembro de 2006
Aprovado em comissão especial, Fundeb vai agora ao plenário da Câmara
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Comissão Especial da Câmara aprovou há pouco, por unanimidade, o parecer da relatora Iara Bernardi (PT-SP) sobre o novo fundo da educação básica, o Fundeb. Agora, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria o fundo está pronta para ser votada pelo plenário. Se aprovada, poderá ser promulgada pelas presidências do Senado e da Câmara.
A PEC 536/97 já havia sido aprovada pelos deputados, mas foi alterada no Senado. Com isso, retornou à Câmara para novas votações. A relatora acolheu a maioria das emendas dos senadores. "O substitutivo do Senado apresenta importantes contribuições para o aperfeiçoamento da matéria", disse.
O Fundeb vai substituir o Fundef, que financia o ensino fundamental. O novo fundo, mais abrangente, tem como objetivo universalizar e melhorar a qualidade de toda a educação básica, ou seja: infantil, fundamental e médio, além da educação especial e de jovens e adultos. Outras metas são valorizar os profissionais da educação (professores, diretores, pedagogos) e funcionários administrativos.
O saldo previsto do Fundef em 2006 é da ordem de R$ 35,2 bilhões, com aporte pela União de R$ 313 milhões – o restante vem da arrecadação de impostos nos estados e municípios. Para o Fundeb, a complementação da União no primeiro ano é R$ 2 bilhões; no segundo, entre R$ 2,85 e R$ 3 bilhões; no terceiro, de R$ 3,7 a R$ 4,5 bilhões; a partir do quarto, R$ 4,5 bilhões no mínimo, valor que pode ser maior dependendo da arrecadação total, já que a União terá de depositar 10% desse montante, que pode superar R$ 50 bilhões. Saiba mais.
Segundo Iara Bernardi, o Fundef beneficia atualmente 30,2 milhões de alunos, enquanto a previsão do novo fundo é de 48,1 milhões. "O Fundeb tem implantação gradativa de quatro anos, pois educação não tem surpresa. Em quatro anos, vamos ter que assegurar no Brasil que toda criança e todo jovem tenha direito a educação de qualidade".
Após a aprovação e promulgação da PEC, o governo terá seis meses para encaminhar ao Congresso Nacional um projeto de lei complementar estabelecendo piso salarial nacional para professores.
A proposta precisa ser aprovada em dois turnos pela Câmara, por dois terços dos deputados. São necessários no mínimo 308 votos favoráveis em cada uma das votações. Ela não dependerá de nova votação dos senadores, já que teve origem na Câmara.
Segundo o presidente da Câmara, Aldo Rebelo, o Fundeb e o fim do voto secreto terão prioridade no plenário quando a pauta for destrancada, o que deve ocorrer na segunda quinzena deste mês.
segunda-feira, 6 de novembro de 2006
Clodovil na Política
domingo, 5 de novembro de 2006
Olhei o que idiotas criam no orkut!
Amazonia tem que ser dos EUA |
NAO ADIANTA VIR COM ESSE DISCURSO HIPROCITA BRASILEIROS QUE TODOS SABEM QUE OS RACISTAS SAO VOCES! Se vc tbm que jogar macaquicida nos selvagens braZileiros entre, a casa e sua. Esta parte do continente pertencia aos espanhois!! a nossa parte era apenas as capitanias hereditarias q era limitada ao tratado de tordesilhas... portanto...c os EUA quiserem toma seria otimo para o bem do planeta) eles poderiam. Apesar de videozinhos q manipulam informações, como esses documentarios 11 de setembro, o bush eh um cara mtu capaz....e com certeza iria desenvolver a amazonia do jeito q devia ser feito!! e não ficar essa baderna q esta hj por causa do nosso pais ridiculo. "OBS.Racistas Nazistas mantenham distancia, vcs sao a razao do atraso da humanidade ,por favor macacos white pardos latinos brasileiros nao me faca jogar macaquicida em vcs, vermes! " |
Conferência sobre o clima no Quênia discutirá desafios mundiais da próxima década
São Paulo - Semanas com calor de 30 graus na região Sul em pleno inverno, seguidas de frio recorde e neve. Queda de temperatura de 22 graus em 24 horas em São Paulo, seca na Amazônia quando deveria chover e chuvas em Brasília quando é estio. Não é preciso ir longe para ter indícios cada vez maiores de que as mudanças climáticas estão se acentuando e demandam medidas mundiais urgentes.
Foi o que denunciou a organização Greenpeace em relatório e vídeo divulgados em agosto, e também o ex-vice-presidente norte-americano Al Gore, em visita ao Brasil em outubro. E é o que move a discussão antecipada da segunda etapa do Tratado de Quioto, que acontecerá em novembro, para decidir medidas que entrarão em vigor daqui a sete anos, a partir de janeiro de 2013, mas estarão no comando do debate sobre o meio ambiente.
Segundo o agrônomo Evaristo Eduardo de Miranda, pesquisador e chefe-geral da Embrapa Monitoramento por Satélite, haverá contrastes climáticos cada vez maiores em razão do aquecimento: “Nós vamos ter a ocorrência maior de períodos extremos, quer dizer, grandes chuvas – inclusive, com a ocorrência de vendavais e furacões, sobretudo no sul do país”. Para ele, o Brasil não está preparado para o que vai ocorrer.
O que fazer, quem fará, como e quando? Essas são as perguntas formuladas na criação do primeiro Protocolo de Quioto (que vigora de até 2012), e que agora estão sendo refeitas para a 2ª Reunião das Partes do Tratado de Quioto (COP/MOP 2, sigla para a expressão em inglês Reunião das Partes 2ª Conferência das Partes), que será realizada em conjunto com a 12ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas (COP 12 - UNFCCC). Os eventos ocorrerão de 7 a 16 de novembro deste ano, em Nairobi, capital do Quênia.
O aparente agravamento das condições climáticas e a aproximação do fim do acordo da primeira fase do protocolo estão na pauta de ambientalistas e governos, pois a partir de 1º de janeiro de 2013 todos os compromissos e metas deixam de valer e é preciso que entre em vigor um novo acordo.
Na pauta, estão a manutenção e definição posterior de metas mais rigorosas de redução de gases que agravam o efeito estufa para os países desenvolvidos, a adoção voluntária de metas pelos países em desenvolvimento (como Brasil, Índia e China), além de critérios mais rígidos de gerenciamento do protocolo e a adoção voluntária de limites para a venda de créditos de carbono prevista no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL).
Campeonato brasileiro
Essa semana aconteceu um fato que nos deixa muito preocupados com o futuro do futebol brasileiro. Apos o jogo entre Botafogo e Internacional, os dirigentes alvinegros alegaram com razão os erros grosseiros da arbitragem durante o jogo que fizeram com que o campeonato não acabasse faltando ainda algumas rodadas para o fim. Supostamente o resultado foi manipulado. Vocês acham isto correto? Como fica o torcedor que vai ao estádio e vê seu time ser roubado para que o campeonato não acabe? Erros são do futebol, mas isso já é demais!
sexta-feira, 3 de novembro de 2006
Veja porque os EUA è o país mais rico do mundo(conspiração)
Para aqueles que conhecem o ocultismo e os Illuminati muito bem, o elemento que se destaca acima dos outros é o Olho Que Tudo Vê. Esse é o mais importante símbolo dos Illuminati, pois exemplifica o poder sobrenatural que recebem de Lúcifer, o próprio Satanás. Como você pode ver no símbolo no verso da nota de um dólar, o típico Olho Que Tudo Vê está retratado na forma de uma pirâmide, mostrada aqui, pairando sobre a pirâmide incompleta que representa o projeto inacabado de conduzir o mundo rumo à Nova Ordem Mundial e colocar em cena o Cristo maçônico.
Observe a interessantíssima estrela de seis pontas traçada nesse símbolo da nota de um dólar. A estrela de seis ponta é o símbolo satânico mais maligno do mundo, e é o mais poderoso símbolo ritual. Além disso, quando um satanista desenha um círculo ao redor de um hexagrama, cria uma "jaula demoníaca", um lugar dentro do qual um demônio pode se manifestar nesta dimensão. Ao transformar esse símbolo da nota de um dólar em uma jaula demoníaca, o satanista literalmente acredita estar permitindo que os demônios venham a esta dimensão à vontade; uma vez que os Illuminati acreditam que o dinheiro e o sistema financeiro são o sangue da existência de uma nação, crêem que infundiram o demonismo em nosso país. Essa crença é uma das razões pelas quais os Illuminati só inseriram a pirâmide incompleta na cédula de um dólar (em 1935) após o estabelecimento do iluminista sistema da Federal Reserve (em 1913), que pertence e é administrado por uma empresa privada. [Nota: O Seminário 2, "America Determines the True Flow of History", disponível em fitas cassete no site da Cutting Edge, discute a verdadeira história que está por trás de ambos os símbolos iluministas no verso da nota de um dólar].
quinta-feira, 2 de novembro de 2006
Terra sem cadastro é alvo de desmatamento em MT
A imensa maioria do desmatamento em Mato Grosso acontece em locais onde não se sabe quem é o dono da terra. A constatação foi feita pelo órgão ambiental do Estado a partir da comparação de imagens de satélite com o banco de dados de propriedades registradas.
Da área total desmatada computada entre junho de 2004 e de 2005 - 15.430 quilômetros quadrados -, 71% (11.041 km2) não consta no sistema de licenciamento gerido pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) de Mato Grosso, que entrou em operação em 2000.
'Apenas 11% foi autorizado com embasamento. A maioria portanto é ilegal', diz o assessor executivo da Sema, André Longhi. Outros 8% foram feitos comprovadamente de maneira irregular em reservas legais, na parcela de cada propriedade que deveria ser conservada.
No bioma amazônico, a taxa é de 80% do terreno; no cerrado, 35%.
Se não se sabe quem responde por aquele terreno, não se pode responsabilizar ninguém pelo corte ilegal nem cobrar multas e ressarcimento. 'É inclusive difícil exigir que o sistema financeiro siga regras ambientais para liberar financiamento se o banco não tem acesso a todas as informações.'
Ações de fiscalização não são suficientes para identificar os infratores, que muitas vezes não são encontrados no local ou alegam ter adquirido a propriedade após a derrubada.
Os dados foram apresentados pela Sema ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) neste mês. No dia seguinte, o secretário de Biodiversidade e Florestas do MMA, João Paulo Capobianco, expôs o problema em uma reunião em São Paulo, que reuniu setor privado, público e terceiro setor para debater o desmatamento amazônico. 'Vimos que 75% do que acontece em Mato Grosso foi ilegal. E isso num Estado em que boa parte das terras pertence ao setor privado.'
FALTA DE INTEGRAÇÃO
O dado expõe uma das principais mazelas da Amazônia: o caos fundiário. Longhi afirma que falta integrar bases de dados sobre as propriedades rurais existentes em que seja estabelecido claramente a quem pertence cada trecho de terra, seja particular ou não.
Os bancos de dados que funcionam são irregulares e incompletos. É difícil inclusive estabelecer com detalhes qual é a porcentagem de terras públicas.
Para o assessor, faltam instrumentos que exijam o cadastro e incentivos para os proprietários de terra.
Mato Grosso é o campeão histórico do desmatamento na Amazônia. É também o Estado da região com o melhor sistema de monitoramento do seu território por satélite, que será 'exportado' para outros Estados. 'Mas de pouco adianta sem gestão geográfica, sem mecanismos de responsabilidade', diz Langhi.
Segundo o especialista em sensoriamento remoto Carlos Souza Júnior, do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), o sensoriamento remoto da Amazônia não é mais o principal problema. 'A questão fundiária é um grande gargalo. Precisamos de uma base integrada de registro das propriedades.'
O pesquisador José Heder Benatti, da Universidade Federal do Pará, especialista em ordenamento territorial, afirma que hoje existem sim bancos de dados com registro fundiário, como o do Incra. Mas admite que eles não estão integrados. 'Há uma lei de 2005 neste sentido, mas não foi colocada em prática até agora.'
Outro gargalo é o pagamento das multas. Longhi afirma que 36% são pagas em Mato Grosso, o que é um índice relativamente alto para a região amazônica. Mas a maioria das infrações hoje é convertida em pagamento de cestas básicas. E nenhum grande desmatador foi condenado à prisão.
quarta-feira, 1 de novembro de 2006
Além do Cidadão Kane
Aeroportos só voltam à normalidade no final da próxima semana, diz sindicalista
Botelho participou de reunião esta manhã com o ministro da Defesa, Waldir Pires, e outros representantes de controladores de vôos do país.
O sindicalista disse que os controladores apresentaram ao ministro a proposta de desmilitarização do controle do tráfego aéreo civil. “A posição dos controladores, sejam civis ou militares, é de que essa atividade de controle de tráfego aéreo, no que se refere à aviação civil, não deve ficar dentro de uma estrutura militar”.
Botelho argumenta que as Forças Armadas são preparadas para cuidar da defesa do espaço aéreo, e que o gerenciamento do tráfego aéreo deve ser uma atividade civil.
Segundo ele, na América do Sul apenas o Brasil e a Argentina adotam o modelo de gerenciamento militar. “A Argentina já está mudando. Será que vamos ficar, na América do Sul, como único país que anda para trás?”. Botelho disse que dos cerca de 3.200 controladores de vôo no país, apenas 500 são civis.
O presidente da Associação dos Controladores de Tráfego Aéreo do Rio de Janeiro, Jorge Nunes, disse que as medidas anunciadas ontem (31) pelo governo, de remanejamento de rotas, realização de concurso público para contratação de novos controladores e aproveitamento de controladores aposentados, “são suficientes, mas não vão resolver o problema em curto prazo”.
O presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo, Jorge Botelho, concorda com seu colega, e afirma que a situação vivida hoje nos aeroportos é reflexo do crescimento da aviação civil nos últimos dois anos, que não foi acompanhada por um planejamento do Comando da Aeronáutica. “Nesses últimos anos houve um crescimento fantástico da aviação e o número de vôos cresceu. Com gerenciamento de tráfego, mesmo com a deficiência de pessoal, estava dando para levar. Porém agora com a saída de 18 controladores, alguns setores foram desativados. Não adianta o controle ativar um determinado setor se ele não tem homens para operar ali”.
Jorge Botelho negou que os controladores estejam fazendo operação padrão. E garantiu que estão trabalhando dentro das possibilidades. “Como vamos colocar determinados setores para funcionar se não temos homens. Então temos que trabalhar gerenciando o fluxo de tráfego. Aumenta-se a separação entre as aeronaves de modo que a quantidade de operadores possa suportar a demanda”.
Pelas normas internacionais, cada controlador de vôo só deve ser responsável por até 14 aviões ao mesmo tampo. Mas segundo o presidente da Associação dos Controladores de Tráfego Aéreo do Rio, Jorge Nunes, em alguns casos, antes do acidente com o Boeing da Gol e o Legacy, cada controlador cuidava entre 16 e 18 aviões simultaneamente.
Jorge Botelho disse ainda que o Comando da Aeronáutica já havia sido alertado para a situação de falta de pessoal, e que em 2004 reivindicaram a realização de concurso ao Ministério do Planejamento para contratação de 64 controladores. Segundo ele, a proposta foi aprovada pelo ministério, mas não sabe porque a Aeronáutica não concordou. “Todos os problemas que os controladores enfrentam foram relatados às chefias. Se elas não encaminham para seus superiores, é problema da nossa estrutura militarizada”.
terça-feira, 31 de outubro de 2006
O Gênesis de Salgado
Pela primeira vez em sua carreira o fotógrafo Sebastião Salgado fotografa uma série inteira de paisagens. Não, Salgado não decidiu enveredar pelo caminho de Ansel Adams (1902-1984), o fotógrafo americano que ficou conhecido por suas fotos panorâmicas do vale de Yosemite. Embora seja preservacionista como Adams, as fotos de paisagens de Salgado são de natureza diferente. Fazem parte de um ambicioso projeto chamado Gênesis, em que o fotógrafo brasileiro volta às origens da Terra num trabalho classificado por ele de 'antropologia planetária'. Parte dessas fotos está exposta no Museu de Artes e Ofícios de Belo Horizonte, numa mostra bancada pela Arcelor Brasil (Belgo, CST e Vega do Sul) com chancela da Unesco.
De passagem pelo Brasil, vindo de Kamchatka, a grande península russa do leste, Salgado concedeu uma entrevista exclusiva ao Estado. Sobre o projeto Gênesis, com duração prevista de oito anos, o fotógrafo esclarece que essa longa viagem só vai se tornar viável graças ao apoio de jornais e revistas europeus (Guardian, La Repubblica, Vanguardia, Paris Match) e companhias americanas, além da CST-Arcelor Brasil. Esse consórcio cobre os gastos das longas expedições por lugares onde poucos homens colocaram seus pés. Além de fotografar os vulcões de Kamchatka, Salgado esteve, no ano passado, no Himalaia e no deserto da Namíbia. Este ano ele explora as regiões glaciais da Argentina e Chile, partindo depois para a Antártida. Terá como companheiro de viagem o navegador Amyr Klink.
Mineiro de 62 anos, Salgado construiu sua reputação como fotógrafo dos deserdados do mundo. Há dois anos, por iniciativa da agência fotográfica Amazon Images, dirigida por sua mulher Lélia Deluiz Wanick Salgado, ambos decidiram mostrar os paraísos intocados que garantem a biodiversidade do planeta. Com a colaboração de um programa das Nações Unidas para o meio ambiente, Salgado deu início ao projeto Gênesis, que vai registrar os bons frutos do vínculo entre homem e natureza, no contrafluxo da degradação ambiental provocada por essa mesma relação no meio urbano.
Dividindo o projeto em quatro blocos temáticos (Criação, Arca de Noé, Homem Antigo e Sociedade Antiga), Salgado fotografou desde paisagens ancestrais até comunidades que evocam os primórdios da civilização, passando por animais pouco vistos e indígenas que mantêm suas culturas e tradições, do Congo ao Xingu.
Salgado diz que não vê ruptura entre esse projeto educacional, vinculado ao ensino de questões ambientais a jovens alunos, e a longa pesquisa fotográfica que deu origem às séries anteriores, todas transformadas em livros, como Outras Américas, Sahel: L'Homme en Detrésse, Trabalhadores e Êxodos. 'Esse projeto chama-se Gênesis porque, além de retornar à origem do planeta, pretendo mostrar que ainda é possível a integração homem-natureza, apesar das previsões catastróficas.' Assim, não se trata de uma reportagem sobre aquecimento global, destruição das florestas ou as conseqüências da fome endêmica. São imagens elegíacas, em que a pata de um iguana surge numa dimensão fenomenológica, como uma revelação teofânica.
'Essa foto provocou uma série de interpretações interessantes dos alunos das escolas públicas do Espírito Santo, onde 187 estabelecimentos receberam kits com imagens captadas nas Ilhas Galápagos', conta Salgado, animado com a possibilidade de transferir aos pequenos uma dose de esperança sobre a salvação das 25 principais regiões ecológicas do mundo, os chamados 'hotspots', responsáveis por mais da metade de espécies do planeta. Apesar de todo o estrago provocado no meio ambiente, ainda existem áreas selvagens que podem religar a espécie ao planeta, diz, observando que seu interesse pelas comunidades indígenas transcende a curiosidade antropológica. 'Acho que eles vão nos ensinar como preservar a vida na Terra, pois há séculos protegem o lugar onde vivem.'
Salgado fundou com a mulher o Instituto Terra, que oferece educação ambiental a autoridades municipais, professores e proprietários rurais. Começou com a área de 675 hectares pertencente ao casal, reflorestada com espécies nativas da Mata Atlântica. Isso explica a natureza pedagógica do projeto Gênesis, que ainda vai levar o fotógrafo ao Ártico, ao deserto mexicano, às montanhas do Canadá, ao Alasca e a lugares remotos da China e EUA.
Embora a terra de Ansel Adams esteja no roteiro, Salgado não vai fotografar Yosemite ou Sierra Nevada, mas regiões desérticas. O fotógrafo brasileiro diz que suas paisagens são em tudo diferentes das do mestre americano. 'Eu não trabalho com o mesmo material', diz, informando que trocou o formato 35 milímetros por negativos de 6 x 4,5. A diferença não está só aí. O aspecto formal - todas as fotos são em preto-e-branco, favorecendo a abstração e a interpretação do espectador - continua em pauta, mas é subordinado a um projeto de reportagem em que o próprio Salgado parte para experiências inéditas como as de fotografar os outros animais do planeta sem um olhar antropocêntrico. Ele explica: quer 'encontrar' esses animais, entendê-los como compreende a própria família.
Depois de viver nas Ilhas Galápagos em meio a tartarugas gigantescas e iguanas antediluvianos, Salgado teve outra experiência inaudita a 4 mil metros de altura, na cordilheira asiática do Himalaia. No planalto que reúne as montanhas mais altas do mundo, o fotógrafo subiu uma delas com mais de 30 mulas carregando equipamentos e alimentos. Nessa peregrinação Salgado já conheceu mais de uma centena de países desde que decidiu, aos 59 anos, rastrear espécies e povos nômades pelo globo terrestre.
A nova fronteira da publicidade
O publicitário Evandro Soares, de 26 anos, faz no trabalho o que muitos sonham em fazer nas férias. Evandro é pago pela agência Africa para viajar. Sua missão é correr o mundo - sem gastar muito -, observar tendências de comportamento e novidades de comunicação, relatar o que viu para os colegas da área de criação e ajudar a transformar essas idéias em soluções práticas para os clientes.
Sua história faz parte de uma novidade nas agências de publicidade. Em busca de idéias inovadoras e numa tentativa de acompanhar a revolução tecnológica da comunicação online, as agências estão escalando profissionais para explorar a nova fronteira do conhecimento. A missão desses profissionais é bisbilhotar o mundo virtual e as tendências internacionais.
Evandro Soares, por exemplo, começou sua carreira de publicitário globe-trotter com uma viagem de 15 dias para Nova York. Gastou US$ 700, sem contar a passagem e a estadia, e voltou cheio de idéias. Entre elas, está uma proposta para popularizar a Vale do Rio Doce, cliente da Africa, junto aos operadores da Bolsa, em Wall Street.
“Notei que os operadores circulam muito pouco fora da área de trabalho e freqüentam os carrinhos de lanches e café o tempo todo”, conta Soares. “Poderíamos chamar a atenção deles com um carrinho com as cores do Brasil, junto com uma tela de plasma veiculando campanhas da Vale e informações do mercado financeiro.” A proposta será encaminhada nesta semana ao cliente. Em seguida, Soares embarca para uma pesquisa de 15 dias em Cingapura, Tóquio e Seul.
BLOGUEIROS
A Lew Lara também direcionou sua antena para as tendências internacionais, mas optou por um caminho diferente. Há pouco mais de um ano, a agência montou o site HUB, que abriga mensagens e fotos despachadas por 450 jovens blogueiros espalhados pelos quatro cantos do mundo. “É uma rede informal de informações alimentada por um olhar jovem, arejado e de pessoas loucas por tecnologia e novidades”, diz o diretor-geral do Núcleo de Conteúdo, Inovação e Tendência da agência, Ricardo Al Makul.
Do alto de seus 31 anos, Al Makul se define como o “tiozinho” da equipe que ele comanda aqui no Brasil. São dez jovens, entre 19 anos e 25 anos, que se dedicam a filtrar todas as informações enviadas pela internet e pôr no ar as mais inusitadas. Paralelamente, todo o material coletado é estudado e muitas das idéias acabam virando sugestões de ações de marketing para os clientes da agência.
A busca por novidades requer práticas também inovadoras. Com 15 anos de experiência na área de planejamento e 34 anos, Paula Rizzo resolveu revolucionar a própria carreira. Procurou a DM9DDB e propôs desenvolver um trabalho em que se dedicasse a repensar e achar os caminhos da comunicação na era digital. “Para minha surpresa, eles toparam e me deram total liberdade de começar esse trabalho, que não tem parâmetros no meio publicitário”, diz Paula.
A publicitária começou a prospectar o mundo virtual há alguns meses e, desde então, ela desenvolveu um blog de tendências, com a participação de 300 funcionários da agência, e preparou um curso para auxiliar todos a explorarem as melhores alternativas da internet. Do cruzamento das propostas nasceram 25 projetos, que estão sendo encaminhados aos clientes. Alguns deles envolvem aplicações ousadas de robótica.
Com a enorme quantidade de informações disponíveis na internet, as agências buscam novas fórmulas para processar o material e transformá-lo em ações práticas. Na FischerAmerica, a opção foi incorporar ao quadro de funcionários um blogueiro conhecido no meio publicitário, Carlos Merigo, criador do blog brainstorm9. Com 25 anos, o inquieto Merigo passa o dia fazendo um filtro das novidades que descobre ao navegar pela internet.
MESÕES
Na McCann Erickson a busca por novas formas de relacionamento produziu uma mudança do antigo modelo de operação da agência. Se antes imperavam as duplas de criação isoladas em salinhas no seu processo de trabalho, agora todos se ocupam das tarefas diárias em mesões coletivos, onde a troca de vivências e de informações é uma constante.
“Quem não se adaptou preferiu deixar a agência e 45 pessoas nos deixaram”, explica Adriana Cury que, ao lado de Júlio Castellanos, com quem divide a presidência da McCann, também trabalhará no mesmo esquema, num único salão sem divisórias. “O que tem de reinar aqui é a idéia, sem incentivo a qualquer egotrip tão comum entre publicitários”, diz ela. “Na nova configuração não tem coadjuvante, todos são protagonistas na hora da contribuição para se desenvolver uma campanha em sua múltiplas possibilidades. Afinal, a comunicação agora é multidisciplinar e nada é melhor ou mais eficiente na arte de impactar o consumidor”, conclui.
segunda-feira, 30 de outubro de 2006
Câmera escondida
Veja a pegadinha do assalto!!
Teste sua pureza!
Rouba mas faz
----Você deve estar perguntando: o que além de roubar, mentir e deixar a economia estática, morta, ele fez? O Bolsa Família (melhortado, não instituído por ele) ajudou muitas pessoas de baixa ou nenhuma renda. Segundo análises essas pessoas que votaram nele e o conduziram a vitória. Ficaram com receio de que Alckmin não continuasse com o programa. Ou seja, entre um prato de comida e a ética preferiram, num pensamento egoísta e obtuso, o prato de comida. Repito é a consolidação da política do rouba mas faz, de escolher entre o ruim e o menos pior.
----Mas se não votarmos no menos pior votaremos em quem? Respondo com outra pergunta: você prefere ser morto esquartejado por cavalos ou numa fogueira? Certamente deve ter pensado: de nenhuma das duas formas. Por analogia isso se aplica a política, não é necessário escolher entre o ruim e o menos pior. Pode-se escolher a nenhum. Isto também é exercer o direito(no caso do Brasil, dever) democrático do voto.
domingo, 29 de outubro de 2006
Resultado das eleições!
é reeleito governador do Paraná
Após eleição extremamente disputada, Roberto Requião (PMDB), está matematicamente reeleito governador do Paraná com 50,1% dos votos válidos. Requião é formado em Direito e Jornalismo, foi deputado estadual, prefeito, governador e senador
- Sérgio Cabral é eleito governador no Rio de Janeiro
- Yeda Crusius, do PSDB, ganha do PT no Rio Grande do Sul
- Luiz Henrique, do PMDB, sai vitorioso em Santa Catarina
- Cássio Cunha Lima, do PSDB, é reeleito na Paraíba
- Eduardo Campos, do PSB, vence em Pernambuco
"Pobres terão preferência", diz Lula em seu primeiro pronunciamento
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O presidente reeleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, faz pronunciamento em um hotel na região central da capital paulista para falar sobre o resultado das urnas.
Brasília - O presidente reeleito Luiz Inácio Lula da Silva disse, no primeiro pronunciamento após a confirmação de sua vitória, que os pobres serão prioridade no segundo mandato.
“Os pobres terão preferência em nosso governo. As regiões mais empobrecidas terão mais atenção. Queremos tornar o Brasil mais justo, econômica e socialmente”, destacou Lula, que completou, sob aplausos. “As bases estão construídas, não temos mais tempo a perder”.
O presidente disse contar com o apoio dos governadores eleitos e partidos derrotados para conquistar esses avanços. “Os adversários são as injustiças sociais e a miséria. Temos que fortalecer o país”, sublinhou. Já a reforma política, garantiu Lula, terá preferência no primeiro ano do segundo mandato. A proposta será discutida junto ao Congresso Nacional, segundo ele.
Neste segundo mandato, Lula também afirmou que a relação com Congresso Nacional deverá ser mais próxima. Ele disse que pretende conversar com todas as forças políticas do Senado e da Câmara dos Deputados até o final de dezembro. "Aprendemos lições importantes na relação com o Congresso neste primeiro mandato. Por isso, irei interferir mais diretamente nas negociações com o Legislativo”.
Para o presidente, o Congresso tem “muitas cabeças pensantes”, o que é bom para a democracia. “Quero chamar todos para uma conversa. E não haverá veto a ninguém. Se essa pessoa não quiser conversar, gostaria de saber o porquê”, disse, para completar em seguida. “O Legislativo precisa trabalhar em prol das causas do povo”.
Antes do pronunciamento do presidente, o porta-voz André Singer informou que o candidato derrotado Geraldo Alckmin telefonou para Lula para cumprimentá-lo pela vitória.
Carros em pesquisa: aprovados
Lucas Litvay
Com o fim do Salão do Automóvel, que fecha as portas ao público às 17h, termina também a pesquisa de algumas montadoras para medir a receptividade de alguns carros em exposição.
Nesta edição, a Fiat avalia se vale a pena importar da Itália a perua Croma, enquanto a Ford testa se há mercado para trazer dos EUA o jipão Edge. Vender o conversível do Mégane é a dúvida que a Renault pretende acabar ouvindo o público. Já a Seat, marca do Grupo VW, estuda retornar ao País a bordo do Leon.
A GM e a Volks pesquisam se seus protótipos nacionais devem entrar em linha de produção. A GM exibe em seu estande o Prisma Y, um jipinho conceito feito sobre a plataforma do Prisma. Já no estande ao lado, a Volks apresenta a Crossover, a SpaceFox com elementos fora-de-estrada e interior de quatro assentos.
E se depender do público ouvido por Autos os dois modelos deixarão de ser protótipos em breve. 'O visual agradou muito' diz o administrador Renato Rocha da Silva enquanto analisava as linhas do jipinho. 'Acho que ele ficou mais bonito que EcoSport e CrossFox', compara. Essa é a mesma visão da dentista Denise Coimbra. 'Se ele custar até R$ 40 mil não teria dúvida em comprá-lo.'
A SpaceFox Crossover também foi merecedora de elogios. 'Adorei' conclui o estudante Marcelo Winfarb quando indagado sobre o visual da perua. Mas a resposta sobre o acabamento interno é menos entusiasmada. 'Acho exagerado. Espero que eles mudem.'
IMPORTADOS
Os carros estrangeiros em pesquisa também foram aprovados pelo público no Anhembi. A grade dianteira cromada do Edge foi o que mais chamou a atenção do empresário Eli Nabour. Já as linhas agressivas do Seat Leon atiçam o ímpeto de compra do engenheiro Felipe Nunes, que lamenta não encontrar o modelo à venda no País.
O desenho do projetista Giorgetto Giugiaro no Croma satisfez os amigos Walter Gennarini e Luiz Oliani. Mas, para eles, ela teria que custar até R$ 60 mil, preço da perua da Renault.
sábado, 28 de outubro de 2006
sexta-feira, 27 de outubro de 2006
Um nerd no espaço
quinta-feira, 26 de outubro de 2006
Lula continua co vantagem
SÃO PAULO (Reuters), 26 de outubro - Pesquisa do Ibope divulgada nesta quinta-feira confirmou a consolidação do quadro eleitoral, a três dias do segundo turno, indicando uma vantagem de 23 pontos percentuais do presidente-candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Geraldo Alckmin (PSDB).Divulgada pelo Jornal Nacional, da TV Globo, a sondagem mostrou que Lula passou de 57% para 58% das intenções totais de voto, enquanto Alckmin oscilou de 36% para 35%.Os votos brancos e nulos somaram 3% e os indecisos, 4%.Considerando-se os votos válidos - que excluem os brancos, nulos e indecisos -, o presidente manteve os 62% registrados na semana passada, e o tucano continuou com 38%.O Ibope também perguntou se os eleitores podem alterar seu voto até domingo. Apenas 12% disseram que ainda podem mudar de posição, enquanto 86% responderam que sua escolha é definitiva. Dois por cento não souberam ou não quiseram responder.O levantamento foi realizado entre terça e quarta-feira, quando o Ibope ouviu 3.010 eleitores em 202 municípios do país. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.
Será a nova cortina de ferro?
WASHINGTON (Reuters), 26 de outubro - O presidente dos EUA, George W. Bush, sancionou nesta quinta-feira uma lei para a construção de uma cerca de 1.126 quilômetros ao longo da fronteira do país com o México, uma medida, aprovada em um ano eleitoral, para o combate à imigração ilegal e para ajudar o Partido Republicano nas urnas.
A manobra deve deixar os mexicanos furiosos. O presidente eleito do México, Felipe Calderón, disse neste mês que a lei "complicaria enormemente" as relações com os EUA.
O Partido Republicano espera que a medida renda-lhes alguns votos para o pleito de 7 de novembro, com o qual o Partido Democrata espera tomar o controle do Congresso.
"Temos a responsabilidade de garantir a segurança de nossas fronteiras. Encaramos essa responsabilidade muito seriamente", afirmou Bush na cerimônia em que assinou o projeto de lei, no Salão Roosevelt da Casa Branca.
O presidente negou-se, durante bastante tempo, a apoiar um projeto de lei limitado a garantir o controle da fronteira, tendo gastado meses tentando, sem sucesso, convencer o Congresso a aprovar uma medida mais ampla que incluiria um programa de trabalhadores visitantes para os imigrantes ilegais.
O Senado aprovou o projeto defendido pelo dirigente, mas os republicanos que controlam a Câmara dos Deputados descartaram o programa, temendo o impacto eleitoral entre os norte-americanos preocupados com as conseqüências da imigração ilegal em seus Estados.
Em suas declarações, Bush insistiu que o programa de trabalhadores visitantes melhoraria a situação da fronteira e disse que os norte-americanos precisavam enfrentar a realidade de que milhões de imigrantes ilegais já moravam nos EUA.
"Precisamos reduzir a pressão em nossas fronteiras criando um plano para o trabalho temporário. Os trabalhadores dispostos a assumir as atividades que os norte-americanos não estão assumindo em caráter temporário deveriam ser aproximados dos empregadores dispostos a dar-lhes emprego", afirmou.
A cerca de 1.126 quilômetros se estenderia por quatro Estados do sudoeste norte-americano - a Califórnia, o Arizona, o Novo México e o Texas. A fronteira entre os EUA e o México possui 3.200 quilômetros de extensão.
A nova lei não prevê quem pagará pela nova cerca e limita-se a autorizar a construção dela. Parte do dinheiro para a cerca, 1,2 bilhão de dólares, viria da lei de segurança interna sancionada pelo presidente neste mês.
Os republicanos presentes no Congresso aprovaram o projeto semanas atrás, mas demoraram até enviá-lo a Bush, deixando para tomar a medida em uma data mais próxima do dia da eleição.
Os democratas viram na nova lei uma manobra eleitoral.
"Ao abandonar a reforma ampla no setor de imigração e aprovar essas manobras políticas feitas em anos de eleição, o presidente Bush e os republicanos de Washington colocaram, mais uma vez, os interesses de seu partido acima dos interesses do povo norte-americano", disse Luis Miranda, porta-voz do Comitê Nacional Democrata.
Por Steve Holland, reportagem adicional de Thomas Ferraro
Enfeite nas lojas, panetones nas gôndolas. Já é Natal
O shopping Central Plaza exibe desde ontem sua praça de eventos e fachada decorados para o Natal. O Interlagos, o Raposo e o Osasco Plaza entram no mesmo clima entre sexta e segunda-feira. Outros shoppings dão seqüência a inaugurações de Natal a partir dos primeiros dias de novembro. Este ano, a maioria investe entre R$ 1,5 milhão e R$ 2,5 milhões em decorações e campanhas e tem expectativas variadas de expansão das vendas.
Além dos shoppings, lojas como a Americanas, redes de supermercados e o comércio especializado em enfeites, caso da Natalie, já estão prontos para o movimento de fim de ano. No Wal-Mart, as lojas amanhecerão decoradas na segunda-feira,dia 30.
'Sair na frente e atrair o consumidor para as compras de impulso ou para no mínimo começar a pensar na lista de presentes, num cenário de vendas mornas, é estratégico', diz o assessor econômico da Federação do Comércio do Estado de S.Paulo (Fecomercio), Altamiro Carvalho. Ele lembra que a concorrência é cada vez maior e que aqueles que saem na frente roubam vendas de quem espera uma maior proximidade do Natal.
Os supermercados já oferecem a primeira fornada de panetones desde o mês passado. Em 2005, a Bauducco vendeu os primeiros panetones para a rede Pão de Açúcar no fim de setembro. Este ano, iniciou a distribuição no dia 23. A expectativa da Bauducco é de crescimento no varejo de 8% em relação a 2005. A Arcor está com panetones no varejo desde meados de setembro, numa antecipação de 40 dias na data de vendas em relação a 2005.
'Houve uma antecipação muito grande de empréstimos relativos ao 13º salário, por parte dos bancos, e é difícil avaliar agora o impacto que isso terá em dezembro', diz Carvalho. Ele prevê um Natal muito parecido com o do ano passado.
O economista Emílio Alfieri, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), tem a mesma linha de raciocínio. 'O Natal já começou, o comércio está investindo no marketing do 'não espere, compre agora' numa grande disputa porque as vendas estão fracas. Dezembro ainda é uma incógnita.'
quarta-feira, 25 de outubro de 2006
segunda-feira, 23 de outubro de 2006
Nem sempre os opostos se atraem
OSLO (Reuters), 23 de outubro - Homens de olhos azuis preferem mulheres que também tenham olhos azuis, aparentemente porque a cor dos olhos pode ajudar a revelar se seu parceiro foi fiel, disseram pesquisadores nesta segunda-feira.
"Antes de requisitar um teste de paternidade, olhe por alguns minutos para a cor dos olhos de seus filhos" disse no estudo Bruno Laeng e seus colegas da Universidade de Tromso, na Noruega.
Pelas leis da genética, pais com olhos azuis terão sempre filhos de olhos azuis, cita o estudo. De maneira que um homem de olhos azuis pode saber se sua esposa ou parceira o traiu se o filho tiver olhos castanhos.
"Homens de olhos azuis aprenderam inconscientemente a dar valor a um traço físico que possa facilitar o reconhecimento de seus próprios parentes", afirmaram os cientistas no jornal Ecologia Comportamental e Sociobiologia.
Os cientistas pediram a 88 estudantes que classificassem a atração que sentiam por modelos, com base em fotografias manipuladas. Nas imagens, metade das mulheres tinha olhos azuis, e a outra metade tinha olhos castanhos. Os homens de olhos azuis no grupo mostraram preferência por mulheres de olhos azuis.
Mas homens de olhos castanhos, que não podem encontrar dicas de paternidade a partir da cor dos olhos de uma criança, não mostraram preferência por cor dos olhos.
As mulheres também não mostraram preferência entre homens de olhos azuis ou castanhos, independentemente da cor de seus próprios olhos.
Um quarto dos filhos de pais com olhos castanhos, mas que tenham tantos genes para olhos castanhos, quanto genes para olhos azuis entre seus ancestrais, terá olhos azuis. O restante terá olhos castanhos.
Em um segundo estudo, 443 jovens adultos de ambos os sexos foram questionados sobre a cor dos olhos de seus parceiros - homens com olhos azuis também foram o grupo com a maior proporção de parceiros com a mesma cor dos olhos.
Mercado de dossiês
Por Priscilla Mazenotti
sábado, 21 de outubro de 2006
Secretária de Estado estadunidense duvida das reais intenções norte-coreanas
MOSCOU (Reuters), 21 de outubro - A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, disse duvidar neste sábado de relatos afirmando que a Coréia do Norte havia prometido interromper seus testes nucleares.Notícias divulgadas na imprensa, na sexta-feira, alimentaram a esperança de que a tensão estivesse diminuindo. Segundo essas informações, o líder norte-coreano, Kim Jong-il, dissera esta semana ao enviado chinês Tang Jiaxuan que não tinha planos de realizar novos testes nucleares.Mas Rice se reuniu com Tang em Pequim na sexta-feira e disse aos jornalistas que o enviado chinês não havia obtido uma conquista diplomática deste porte em sua visita à Coréia do Norte."Tang não me disse que Kim Jong-il se desculpou pelo teste nem que ele afirmou que nunca faria um teste novamente", declarou Rice.A Rússia é a última parada no giro de cinco dias da secretária norte-americana, que tem como objetivo conseguir apoio a sanções econômicas e ao embargo de venda de armas aprovados pela ONU contra Pyongyang na semana passada em retaliação ao teste nuclear subterrâneo praticado em 9 de outubro.A secretária negou as notícias de que o líder norte-coreano havia se desculpado e dito estar arrependido. "Os chineses não disseram nada sobre um pedido de desculpas, numa exposição muito detalhada que fizeram a mim", afirmou Rice."Eu acredito que os norte-coreanos gostariam de ver uma escalada na tensão."Rice também disse ter dúvidas sobre a intenção de Pyongyang de voltar a participar das negociações multilaterais com seis países, congeladas por quase um ano. Kim Kye-gwan, principal negociador norte-coreano sobre a questão nuclear, havia dito antes a um canal de TV dos EUA que esta era a intenção da Coréia do Norte.A Coréia do Norte vem boicotando as negociações porque Washington acusa o país de falsificar dinheiro e impôs restrições às suas atividades financeiras internacionais. Rice disse que essas restrições continuarão a vigorar.Antes de deixar a China, Rice disse que o tom da Coréia do Norte ainda é beligerante.Por Sue Pleming